domingo, 21 de dezembro de 2008

AMAZASPO II (185 – 189)

Amazaspo II (em georgiano Amazasp II [ამაზასპ II]) foi rei da Ibéria de 185 a 189 d.C. Durante seu breve reinado, cujas origens são discutidas, enfrentou os invasores alanos e se alinhou com a Pártia, abandonando a política pró-romana dos seus antecessores. Esta mudança de política causou sua derrubada por forças reacionárias e pró-romanas. Amazaspo II foi o último rei da Ibéria da dinastia parnavázida (Parnavaziani) e também da artaxíada (Artashesiani), já que era descendente de Parnavaz II. A versão do cronista georgiano Leonti Mroveli das origens da Amazaspo II é a mais comumente aceita pela comunidade historiográfica. De acordo com o bispo do século XI, o futuro rei é filho de Farasmanes III, que governou o reino da Ibéria entre os 135 e 161. A cronologia da sucessão entre os reis Ghadam, Farasmanes III e Amazaspo II é um tanto confusa ao se tentar conciliar as fontes antigas romanas e as fontes medievais georgianas. Há certo lapso de informações cronológicas entre 161 e 185 d.C. A irmã de Amazaspo II, cujo nome se desconhece, casou-se com o rei da Armênia, Vologeses II, e tiveram um filho: Rev, futuro rei da Ibéria. Uma descoberta epigráfica indica que Amazaspo II era casado com a rainha Drakontis, filha de Vologeses II.
File:Alagirskoe 28apr2011.jpg
Montanhas na região de Alagirsky, Ossétia do Norte,
de onde os alanos migraram para a Ibéria

Guerra contra os Alanos 
Guerreiro alano
Pouco depois do início do seu reinado, os alanos (povo nômade de origem sármata e chamados de ossetas nas crônicas georgianas) conquistaram a região de Dvaleti (atual Alagirsky na Ossétia do Norte) antes de atravessar as montanhas do Grande Cáucaso e estabeleceram-se no vale do rio Liakhvi na Ibéria. Amazaspo II permite a presença dos alanos em seu reino até conseguir reunir um exército. No entanto, apenas os governadores de Kakheti, de Khounan e de Samchvilde fornecem suas tropas ao spaspet (governador militar de Kartli).Os alanos marcham em direção a Mtskheta, capital da Ibéria, depois de uma semana de descanso e para conhecer as forças armadas ibéricas. As forças alanas consistem de 30 mil soldados e 10 mil cavaleiros. A batalha ocorreu em Sapourtzle, na região de Moukhran. Amazaspo vai lutar entre seus soldados conforme Leonti Mroveli, que relata que o rei ibero lutou com muita coragem com arco e flecha, e tal era a força de seu braço, que nenhuma armadura, por mais forte que fosse, resistia as suas flechadas.A batalha de Sapourtzle terminou em vitória para os iberos e os alanos tiveram perdas significativas (incluindo "cinco gigantes", mortos pessoalmente por Amazaspo). O rei e seus soldados, em seguida, retornaram à Mtskheta, onde durante a noite, eles recebem reforços de seus éristhavis (nobres que governavam as províncias da Ibéria). Mais tarde (no dia seguinte segundo Mroveli), iberos e alanos se enfrentaram mais uma vez em uma batalha não muito longe da capital, durante a qual o general alano Khouankhoua é morto pelo rei em um combate singular. No dia seguinte, com os novos reforços da cavalaria, Amazaspo II consegue finalmente derrotar o exército dos alanos matando seu rei. Os invasores se refugiaram além do Grande Cáucaso. Amazaspo, porém, continua a combatê-los por um ano antes de os derrotar e anexar suas terras.

A Queda do Rei 
Não obstante essas vitórias, Amazaspo II torna-se desagradável e se comporta como um tirano, matando vários nobres hostis ao seu governo. Quebrando a aliança que seus antecessores haviam assinado com a Armênia e o Império Romano, ele se vira para o Império Parto, o que irritou a nobreza do país. Assim, os éristhavis das províncias ocidentais da Ibéria (os governadores da Cólquida, de Odzrkhe, de Klardjeti e de Tsunda) rebelaram-se contra o rei e se aliançam com o rei armênio Vologeses II, o Império Romano e os alanos, esses ansiosos por vingança. Uma grande invasão à Ibéria logo ocorre. Tropas armênias, reforçadas por auxiliares romanos, intervém a partir do sul. Ao norte, os alanos se unem com tribos da Cólquida e partem para Mtskheta a partir de Tavcveri. Amazaspo II apela ao rei parto Vologases IV que envia reforços de tropas. Armênios, alanos e iberos rebeldes se encontram no vale do Pinezaouri em Goutis-Khevi. Amazaspo II reune suas tropas e uma batalha é travada. A tradição diz que o rei da Ibéria, embora lute com grande coragem, é morto em combate e seu exército derrotado. Rev, filho do rei da Armênia e sobrinho de Amazaspo Ii, foi estabelecido como o novo rei da Ibéria iniciando a dinastia parta dos Arsácidas (Arshakiani) na Ibéria. A casa real dos Arsácidas governava o Império Parto, a Armênia e agora a Ibéria.

FONTES:
http://en.wikipedia.org/wiki/Amazasp_II_of_Iberia
http://fr.wikipedia.org/wiki/Amazap_II_d%27Ib%C3%A9rie
http://sitemaker.umich.edu/mladjov/files/ancient_georgian_rulers.pdf
http://www.maderuelo.com/historia_y_arte/historia/histo_goda_vs_germano.html

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