segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

ARTAG (78 - 63 a.C)

Artag foi um rei de Ibéria também conhecido como Artoces na historiografia romana antiga. Ele é apresentado nos relatos clássicos da Terceira Guerra Mitridática (73-63 a.C.).  O historiador  romano Eutrópio o nomeia Artaces. Artoces/Artaces tem sido idenificado com o Artag (em georgiano არტაგ ), Arik (არიკ), Rok (როკ), ou Aderk (ადერკ), dos anais medievaisl georgianos. De acordo com a tradição histórica georgiana, Artag foi filho e sucessor de Arshak I, fundador da dinastia artaxíada da Ibéria. A tradição georgiana medieval do seu reinado é breve e concentra-se na devastação de seu reino nas mãos dos partos, enquanto a literatura clássica (representada por Dio Cássio, Apiano e Eutrópio entre outros) fornece uma descrição detalhada da guerra de Artag contra Roma ao lado da Mitridates VI do Ponto e Tigranes II da Armênia. Desde o reinado do pai de Artag, a Ibéria era um estado-satélite da Armênia, que era uma aliada do reino do Ponto contra os romanos. Possivelmente Artag deu algum apoio a Armênia no período.
File:Caucasus 80 BC map de.png
O reino da Ibéria e países adjacentes no reinado de Artag
Em 65 a.C., os romanos comandados por Cneu Pompeu entram no país visando ocupar o reino da Albânia (Caucasiana), país vizinho da Ibéria. Alarmado com a ofensiva romana que adentrara em seu território, Artag promete paz e amizade; mas, Pompeu, suspeitando que ele fosse armar uma emboscada sobre seus exércitos quando da travessia do Cáucaso, marchou para o centro do país e tomou as fortalezas de Armazi e Seusamora. Artag escapou para o outro lado do rio Mtkvari e queimou a ponte para que não o seguissem. Ao sul do rio o país foi ocupado pelos romanos. Artag fez ofertas de paz, porém Pompeu não as atendeu. Cruzou o rio e subiu pelo vale do Aragvi, derrotando as forças iberas, que lhe ofereceram uma feroz resistência. Então Artag fugiu atravessando rio Pelorus e destruindo a ponte que construíra para deter Pompeu.
Acima, Ponte de Pompeu em Mtskheta, Georgia
Não podendo avançar mais e com sua resistência se enfraquecendo, Artag tenta negociar um acordo com o general romano. Este só aceita a paz se o rei entregar seus filhos como reféns ao poder romano. Artag adia a decisão por muito tempo, tempo suficiente para que muitos trechos do rio se tornaram vadeáveis e após a travessia do rio Pelorus pelos romanos, Artag voltou a oferecer paz e enviou a Pompeu oferendas (seus filhos como reféns, o trono, uma mesa de ouro e uma cama) as quais foram aceitas. Era o ano 63 a.C. Consta nas fontes que 9.000 iberos morreram na batalha, onde as mulheres combateram ao lado dos homens. Cerca de 10.000 foram feitos prisioneiros. Um novo rei, Parnavaz II, filho de Artag, foi coroado e associado ao trono, e ainda que fosse imposta uma aliança com os romanos, a monarquia e “independência” do país ficou garantida. Com a morte de Artag em 63, Parnavaz II reinou sozinho.

FONTES:
http://en.wikipedia.org/wiki/Artoces_of_Iberia
http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Cassius_Dio/37*.html
http://fr.wikipedia.org/wiki/Pharnabaze_II
http://reinodaiberia.blogspot.com.br/2013/04/historia-parte-ii.html

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